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Qdo foi que nos perdemos ?

Sensacional artigo do Luiz Caversan na Folha de hoje.

Faz-nos refletir sobre a cultura do desperdício, que vai além da água que hoje tanto falta, e que tem ruído aos poucos há muito tempo, em meio à cultura do consumismo.


 

Quando foi que nós nos perdemos?
Luiz Caversan
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizcaversan/2015/01/1583272-quando-foi-que-nos-nos-perdemos.shtml

Quando ou onde foi que nós nos perdemos?

Quando, ou onde, passamos a ser as pessoas perdulárias, esbanjadoras, desperdiçadoras, sem noção que nos tornamos a ponto de estarmos correndo o risco –iminente, real, assustador– de não ter água para encher um copo e beber?

A cada novo auto-desmentido das “autoridades”, a cada nova reportagem prenunciando o caos, a cada vez que é possível perceber o ridículo da situação em que nos encontramos, o sentimento que invade a alma é de vergonha. Vergonha de perceber que nos perdemos, e fico pensando: quando foi, onde foi?

Dias atrás tive duas conversas isoladas com amigos, nada a ver um com o outro, tudo a ver o espírito da coisa.

Na primeira, lembrávamos do tempo em que a gente ganhava presente –Natal, aniversário, dia da criança ou coisa assim– e guardava o papel. Sim, sobretudo se o papel fosse bem bonito, o presente era desembrulhado cuidadosamente para que a embalagem pudesse ser preservada, dobrada com todo o esmero e depois guardada numa gaveta –havia uma cômoda na casa da minha mãe em que as folhas ficavam ali, protegidas e lindinhas, para serem usadas na ocasião mais propícia. Nem pensar em rasgar e jogar fora, embora não houvesse nem sombra da consciência da reciclagem ou da preservação. Havia capricho, talvez bom senso ou comedimento em nome da praticidade e da beleza. Quando isso acabou?

Na outra conversa, eu lembrava da maratona que era, no começo dos anos 60, ir da capital paulista ao litoral – Santos, São Vicente ou, o destino mais popular desde sempre, Praia Grande.

Seja qual fosse o ponto de partida ou o destino dentre estes, havia sempre parada obrigatória em uma das muitas bicas de água potável disponíveis ao longo da Via Anchieta. Eram galões, garrafões ou mesmo prosaicos litros de vidro vazios, que o povo enchia com a água cristalina que brotava abundante daquele trecho sinuoso e belo da Serra do Mar. Era água boa, valorizada e respeitada. Quando foi que isso acabou?

Quando passamos a pagar mais de R$ 50 por uma reles pizza de queijo barato? Quando passamos a deixar restaurantes de bom preço para frequentar bistrôs de cardápios exorbitantes? Quando o muito passou a ser mais do que o melhor?
Quando nos tornamos tão imbecis?

Será que foi quando os irmãos mais novos deixaram de usar, felizes da vida, as roupas boas dos irmãos mais velhos? Ou quando passamos a jogar fora livros didáticos? Ou ainda quando deixamos de nos incomodar com os pratos de comida abandonados pela metade por estas crianças escravizadas que criamos, cheias de vontades e sem nenhum respeito pelo mundo que as cerca?

Será que a água que vai faltar nos devolverá alguma vergonha, aquela que tínhamos na cara quando a vida era mais simples, decente e feliz?

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Chega de saudades …

Filha,

Papai te escreve estas mal traçadas linhas a 15.000 pés de altitude, às 2:30 da manhã do fuso local (da Espanha), de dentro do voo Alitália sobrevoando algum ponto do Deserto do Saara.

Ele esteve com vovô por 10 dias na Espanha, perambulando por Barcelona e Madrid em merecidas férias do trabalho. Eles puderam curtir futebol de excelente qualidade – Barça 7 x 0 Osasuna em pleno Camp Nou, e em seguida Barça 4 x 3 Madrid em pleno Santiago Bernabeu: no futuro breve, você terá a dimensão do prazer que é ver, ao vivo e em cores, Messi, Neymar, Cristiano Ronaldo e companhia atuarem em sua melhor forma.

Mais do que futebol, papai pôde curtir em particular a convivência com seu vovozinho Luiz, a quem vc infelizmente vê apenas em vídeo chamadas no Skype e férias periódicas em Goiânia.

Em 2013, por ocasião da reabertura do Maracanã, papai e ele foram juntos ao Rio de Janeiro ver Brasil e Inglaterra e pudemos redescobrir o prazer de estarmos juntos, SÓ NÓS DOIS, pai e filho, soltos, andando pela cidade afora, curtindo bom futebol, conhecendo lugares diferentes, comendo bem (muito bem !), tomando todas e de férias de tudo e de todas – trabalho, obrigações, compromissos, horário pra acordar e – porque não – mamãe e vovó Fátia.

Papai deseja que, um dia, você tenha tanto prazer em curtir com ele essas escapadas – futebolísticas ou não – que ele tem em fugir com com vovô e viajar mundo afora. E que tolere – mais do que isso, saboreie – as idiossincrasias dele tanto quanto ele desfruta daquelas proporcionadas por vovô : a desatenção ao perder o horário do voo em Gyn e chegar em cima da hora do voo em SP, as piadas repetidas, o inglês macarrônico, a paixão pelo Atlético Clube Goianiense. Mas este assunto daria para um livro, e portanto fica para um futuro post.

Papai quer lhe falar como você faz falta.

Qdo soube que vc estava na barriga de mamãe, dei a notícia exultante a vários dos colegas do MBA, além de professores e funcionários de Berkeley. Uma pessoa especial, Sheri Locksin, me congratulou dizendo que “your life will never be the same, and you will never – ever ! – want it to be”. Só hoje posso entender o quanto ela falava a verdade, como mãe e do alto da sua própria experiência e sabedoria.

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Em meio à viagem, cada vez que mamãe mandava uma fotinha sua via WhatsApp – como aquela acima –  papai se surpreendia com o quanto você cresceu! De repente, em 10 dias, você já está cabeluda, bochechuda, andando por todo lado e falando de tudo (“Tólo ! Passeá ! Prinxeza ! Luppy, não pode! Dodói ! Bateu! Abu (chupeta), Cainha (Clarinha), É Lólly, Vou ti pedá”).

Onde foi parar aquela menininha que papai levava à tiracolo para tomar sol em Berkeley (com mamãe parecendo uma galinha choca querendo cobrí-la por causa do vento) ? Ela, que parecia uma boneca de porcelana de tão pequena e delicada, agora já virou uma mocinha, que vai fazer 2 anos agora em Maio ? Em breve, me aparece em casa para apresentar alguém …  “Papai, queria de apresentar o XXXX (substitua pelo nome do infeliz), meu namorado!”.

Filha querida, seu pai já se acostumou com a saudade cotidiana, diária, da menina dele que vai pra escola e ele fica com saudades no meio da tarde. Ainda sofre, embora tolere, a saudade das viagens suas com mamãe, qdo ficamos um fim de semana longes um do outro, e papai sente sua falta como se a casa estivesse vazia. Tudo no lugar – brinquedos, bonecas – e tudo fora de lugar, como tudo sempre fica qdo vc está solta pela sala.

Nesta ocasião, entretanto, 10 dias sem ver a minha princesinha foram mais do que o velho coração de pai de primeira viagem possa aguentar. Dor de saudade na alma, lágrimas nos olhos.

Em meio às multidões no Parque Guell, nas Ramblas, em Barceloneta ou na Plaza Mayor, papai ficava o todo tempo vendo as crianças com seus pais, e era impossível não me lembrar de você. A cada menininha de 2 anos que corria solta, ele tentava procurar seu rostinho sorrateiro, sua risada marota, sua corrida já não mais cambaleante. Tinha a sensação de que, se agachasse e abrisse os braços, como sempre faço, você poderia surgir de algum lugar, sorriso no rosto, e vir correndo me abraçar, já pulando antes mesmo de chegar, como sempre faz, certa de que papai estaria ali pra te segurar.

A cada balão do Atlético que vovô tirava do bolso, enchia e entregava a uma criança (para surpresa dos pais e êxtase das crianças presenteadas), papai se punha a lembrar de você. Em cada bibelô, em cada lembrancinha, em cada boneca, em cada roupa de bailarina flamenca, lá estava a imagem da minha Julie. Na loja oficial do Barça, a personalização com o seu nome do uniforme oficial no seu tamanho diminuto foi simplesmente irresistível:

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Papai dormia e acordava pensando em você. Estará minha princesinha dormindo bem ? Meu Deus, ela está acostumada a me ver adentrando o quarto quando ela acorda sobressaltada no meio da noite … como terá sido suas noites de pesadelo quando, ao despertar chorando no berço em meio ao quarto escuro, não é papai quem vem acalmá-la ? Será que ela pensa que papai a abandonou ?

 

Nestas ocasiões choro incontido, qdo acorda gritando por mamãe (será porque não grita por papai ?), eu entro no quarto deixando uma fresta de luz no corredor para vc me enxergar, falo que está tudo bem, que mamãe está descansando, que vc pode dormir tranquila e que estamos aqui do seu lado e passo a mão no seu cabelinho desgrenhado e já todo grudado no rosto molhado de lágrimas. Invariavelmente, você se acalma, deita de novo, fica me olhando quietinha para se certificar de que não vou fugir, até se render ao sono como uma anjinha abraçada com a Filó, sua bonequinha de pano, e a Charmosa, sua colchinha felpuda em formato de cachorrinho. Papai sai do quarto com o sentimento de dever cumprido, orgulho e auto-estima de campeão olímpico. De ex-estagiário de mamãe a encantador de princesinha chorona é uma promoção e tanto!

 

Filha, papai não vê a hora de este avião pousar, para ele sair correndo e pegá-la na escolinha, ler para você este blog post que ele compartilha também com o resto do mundo, te dizer o quanto meus dias são incompletos sem ter a sua pequenina presença para alegrá-los, o quanto a vida vale a pena só por você existir, e te falar olhando nos seus olhinhos o quanto ele te ama.

Do seu pai,

Fábio

PS.: Da próxima vez, conforme seu próprio desejo registrado na foto abaixo, papai te traz na mala !!!!

 

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Há algum tempo não chorava ao ler um texto.

Pelo menos que eu me lembre. De cabeça, me lembro de ter chorado de raiva, de saudade, de dor … mas depois de ter nossa pequena Julie, acho que fiquei mais sensível, emotivo, enfim, humano.

Hoje, perambulando pelo Facebook, me dei conta deste post, que prendeu minha atenção logo ao ler a 1a frase: “Nós estamos sentadas, almoçando, quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em “começar uma família”.

Quem está lendo é capaz de estabelecer a empatia: como sequer se começa a responder uma pergunta destas ? Como explicar o inexplicável ? Como descrever o turbilhão de sensações de se ter um filho/a ? Como aconselhar qq. coisa neste sentido, ainda mais sendo avó ? Dá pra ser isenta, neutra, equidistante ? Dizer que não é simplesmente “brincar de boneca” ?

Só mesmo quem teve para sentir que valeu a pena viver até aqui para, como diz o texto, presenciar uma “gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Quero que ela prove a alegria que, de tão real, chega a doer.

Se vc pensa em ter, já teve, ou mesmo não sabe como seria se tivesse, não deixe de ler.

Bjks,

Fábio

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Foto

Nós estamos sentadas, almoçando, quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em “começar uma família”.

— Nós estamos fazendo uma pesquisa — ela diz, meio de brincadeira. — Você acha que eu deveria ter um bebê?

— Vai mudar a sua vida — eu digo, cuidadosamente, mantendo meu tom neutro.

— Eu sei — ela diz. — Nada de dormir até tarde n
os finais de semana, nada de férias espontâneas…

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.

Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar: “E se tivesse sido o MEU filho?”; que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar; que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.

Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzi-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote; que um grito urgente de “Mãe!” fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.

Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.

Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina; que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino, ao invés do feminino, no McDonald’s, se tornará um enorme dilema; que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro.

Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, se questionará constantemente como mãe.

Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que jamais se sentirá a mesma sobre si mesma; que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho; que ela a daria num segundo para salvar sua cria — mas que também começará a desejar mais anos de vida, não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.

Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias, se tornarão medalhas de honra.

O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.

Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que, através da história, tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.

Eu espero que ela possa entender por que eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que me torno temporariamente insana quando discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro dos meus filhos.

Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta. Quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Quero que ela prove a alegria que, de tão real, chega a doer.

O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.

— Você jamais se arrependerá — digo finalmente. Então estico minha mão sobre a mesa, aperto-lhe a mão e faço uma prece silenciosa por ela e por mim e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho esse que é o mais maravilhoso dos chamados; esse presente abençoado de Deus, que é ser mãe.

Autor Desconhecido

 

Five Ways to Grow Your Empathy

Adoro a The School of Life.

Como o próprio nome diz, eles são uma “escola da vida”, voltados ao desenvolvimento da inteligência emocional com ajuda da cultura. Tive a oportunidade de visitar o escritório central deles em Londres, um local fantástico com espaço para palestras e cursos, e uma livraria com toda sorte de livretos, papéis de parede, coisas diferentes.

Curti muito a newsletter de hoje, com 5 formas para você fazer crescer sua empatia.

Leitura recomendada (em Inglês).

Empatize-se.

Fábio

 

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Ai, quantas saudades !!

Risonha

Filha querida,

Papai está em NYC há 1 semana para um curso sobre empreendedorismo.

Longe de você, 7 dias parece 7 anos. Cadê aquele toquinho andante e risonho que abria um sorriso de iluminar a sala e vinha correndo pros meus braços toda vez que chego em casa do trabalho ?

A saudade é tão grande que dói de verdade. Maravilhas da tecnologia moderna- Skype, Facetime, Hangouts – me permitem ver seu rostinho, mas não pegar você no colo, cheirar seu cangota, morder suas bochechonas, trocar suas fraldas e ouvir bem de perto o “Papaaaai !” que vc grita.

Mamãe me diz que, por vezes, você pára na frente do notebook no escritório, e me chama. Na sua cabecinha, “papai estava visível e falante naquela tela ali e agora ela está preta. Deixe-me gritar para ver se ele aparece … PAPAAAAAAAI”. 🙂

Papai fica com o coração cortado só de ouvir isso. Qdo ele voltar para Campinas, vamos tirar todo o tempo perdido – brincar de boneca, passear no Taquaral, ouvir Patati & Patatá, correr atrás das cachorrinhas, passear no parquinho.E desfazer a mala com a multitude de presentes, roupinhas e todo o inventário da Amazon que mamãe me pediu para comprar. Ainda bem a cota de bagagem inclui uma mala de mão, pq. apenas 2 malas de 32 kg não seriam suficientes.

Papai te ama demais, e morre de saudades da minha princesinha.

Fábio

Dia dos Pais !

Dia dos Pais

Filha,

Hoje, Dia dos Pais, acordei com o maior presente que qualquer pai do mundo poderia querer : o seu sorrisinho maroto, olhinhos apertados, cara de sono e cabelo amarfanhado.

Por coincidência, bem neste dia dos Pais você já está cada vez mais faladeira, e evoluiu seu vocabulário, antes restrito a “Mamã“ (que engloba mamãe e quero mamar !). Agora vc anda (ou ainda, corre !) pela casa e, entre outras palavras ininteligíveis, solta um “Papai !” que quase me derrete o coração.

Nessas horas, papai tem que se controlar para não te machucar ao te apertar tão forte, mordiscar suas bochechas rosadas e te cobrir de beijos. Por falar em beijos, você já imita o que todos fazem contigo: de repente, sem mais nem menos, vc se achega e lasca um beijo molhado – na bochecha, no nariz, nas costas, nas cachorrinhas, em tudo que lhe pareça merecedor 🙂

Pela manhã, mamãe preparou uma surpresa: um super café da manhã diet, cheio de frutas e coisas light, com o seu Presente de Dia dos Pais : um mousepad com a sua fotinha e a almofadinha de “Eu te Amo”. Papai adorou e agora vai poder ver sua carinha fofa a cada vez que pegar o mouse : isso porquê não é suficiente vê-la a cada vez que desbloqueia o iPhone e o iPad 🙂

E eu, Pai, me lembrei também neste dia de meu pai, seu vovôzinho, que me ensinou desde cedo o significado do amor de Pai. Que eu possa ser para você tão completo e amoroso quanto seu avô foi para com o seu pai.

Te amo, filha.

Te amamos, pai. Feliz dia dos Pais, e dos Avôs.

Fábio

Ciúmes pra quê ?

Filha,

Um amiga querida, Mirian Kanashiro, me mandou esta charge, que parece ter sido desenhada sob medida para retratá-la. Até o cabelo todo desgrenhado se parece com o  seu !

Isso se aparentemente tal situação não fosse verdade para tantas outras crianças :-). Ela também tem um filhota linda, chamada Mayumi, que pelo visto é tão grudada nela, qto vc é em mamãe.

Tem Papai te ama !

Fábio

ciumes

Não, cala a boca !

 

 

Sou fã do Quora.

Se vc tem uma pergunta, é 99,99% provável que alguém já tenha perguntado, e outrém respondido, a mesma dúvida por lá.

E as respostas são francas e objetivas, dadas não pq. tem alguém pagando, mas pq. a pergunta é válida e faz sentido investir tempo (a maior das preciosidades nos dias de hoje) respondendo.

E, como todos podem votar na resposta (algo que os geeks chamam de crowdsourcing … argh), as melhores respostas emergem na multidão.

Algumas são hilárias, como aquela abaixo, sobre pq. o Dropbox é mais popular que outros aplicativos com funcionalidade análoga.

Depois de ler, já sei que eu nunca mais vou ser capaz de discutir sobre funcionalidades de produto sem iniciar a frase com “Não, cala a boca !”

De modo análogo ao KISS (Keept it simple stupid), deviam padronizar o uso do termo NCAB. “Não, cala a boca”.

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Why is Dropbox more popular than other programs with similar functionality?
E.g., SugarSync, Windows Live Sync, Google Drive, SkyDrive, Omnidrive, iCloud, etc., which are or were free.Edit

Michael Wolfe, On startup #4 and counting.
Well, let’s take a step back and think about the sync problem and what the ideal solution for it would do:

There would be a folder.
You’d put your stuff in it.
It would sync.

They built that.

Why didn’t anyone else build that? I have no idea.

“But,” you may ask, “so much more you could do! What about task management, calendaring, customized dashboards, virtual white boarding. More than just folders and files!”

No, shut up. People don’t use that crap. They just want a folder. A folder that syncs.

“But,” you may say, “this is valuable data… certainly users will feel more comfortable tying their data to Windows Live, Apple’s MobileMe, or a name they already know.”

No, shut up. Not a single person on Earth wakes up in the morning worried about deriving more value from their Windows Live login. People already trust folders. And Dropbox looks just like a folder. One that syncs.

“But,” you may say, “folders are so 1995. Why not leverage the full power of the web? With HTML5 you can drag and drop files, you can build intergalactic dashboards of statistics showing how much storage you are using, you can publish your files as RSS feeds and tweets, and you can add your company logo!”

No, shut up. Most of the world doesn’t sit in front of their browser all day. If they do, it is Internet Explorer 6 at work that they are not allowed to upgrade. Browsers suck for these kinds of things. Their stuff is already in folders. They just want a folder. That syncs.

That is what it does.

Suggest Edits

Querida Julie

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Atenção para o detalhe amarelo no body branco 🙂

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Filha,

Meu primeiro post para vc fez tanto sucesso que venho amadurecendo a idéia de escrever-lhe frequentemente, recorrentemente, diariamente, apaixonadamente.

Hoje tive a absoluta certeza disso apos assistir o vídeo promocional do Google Chrome, que mostra um pai apaixonado escrevendo, filmando, postando fotos e registrando intensos momentos com a filha.

Nao deixe(m) de assistir … só certifique(m)-se antes de ter um lenço por perto, pq. não há como não se emocionar:

 

 

Pois bem, depois desse video não dá para não escrever para você.

Não que não saiba o quanto papai te ama: ainda que não fale, demonstra isso a cada sorriso banguela, a cada cheirada no cangote, a cada olharzinho de quem está descobrindo o mundo e se apaixonando por aquele homem que chega em casa todo final de tarde.

Mas é que papai te ama tanto que não basta só te contar: é  preciso gritar, mostrar para todos, publicar e compartilhar o quanto você, simplesmente por existir, tornou nossa vida – minha, de mamãe, vovós  e vovôzinho, e de todos que a cercam – impensavelmente intensa, cheia de amor, dotada de um significado especial. Difícil de entender para quem nunca teve filhos, e tão fácil de sentir para quem já é pai e mãe.

Atualmente, compartilhamos vídeos e fotos seus via email com o restante da família. Até criamos um perfil seu no Facebook, e ainda estamos discutindo como (e se) usa-lo antes que vc mesmo esteja grandinha para fazê-lo por conta (e risco :-)) própria (os). Mamãe também posta fotos suas no Facebook dela, e cada post vira sucesso instantâneo, com inúmeros Likes e comentários da rede de amigos.

Papai tem sido mais comedido, por motivos diversos. Falta tempo, sobram aversão a redes sociais e dúvidas sobre o que vc vai pensar qdo grandinha por eventualmente ter sua imagem exposta de uma forma que talvez vc mesmo não fizesse.

Mas, acima de tudo, há rejeição minha à superficialidade de um simples post no Facebook, de uma simples imagem bonitinha. De só compartilhar uma imagem/vídeo e 140 caracteres, qdo na verdade cada foto, cada momento, tem por trás toda uma história, uma reflexão, uma paixão …

Por isso, decidi usar o blog. Aqui, mais do que mostrá-la pro mundo, papai pode se dirigir a vc, escancarar seus sentimentos, registrar suas histórias, tentar expressar em palavras tamanha felicidade por vc existir. Celebrar cada minúscula conquista sua ao descobrir o mundo ao nosso lado.

Quem sabe esta nova linha de posts, falando não apenas sobre, mas para você, não ganhe guest posts (post de convidados) diversos ? Certamente, mamãe, vovó Fátima e, mais do que ninguém, vovôzinho Luiz (que tem o dom da escrita, vc aprenderá em breve) terão muito a contribuir com esta história, e estão desde já convidados a participar da conversa e se dirigir a você.

Acima de tudo, espero que amanhã, grandinha, vc possa ler, se orgulhar e se emocionar com cada uma destas mal-traçadas  linhas, compartilhando-as com seus seus filhos/as, meus netos/as.

E que possa relembrar, pela leitura, o que sente a cada beijo, e o que ouve a cada conversa, à qual não entende, mas que pelos seus olhinhos sei que  já compreende : o quanto papai a ama.

Do seu pai,

Fábio Póvoa

En – gatinha – ndo !

Julie no tablado de engatinhar

Julie no tablado de engatinhar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Minha querida Julie,

Você cresce a olhos vistos ! A cada dia, uma novidade: um trejeito, um som, uma brincadeira, uma surpresa diferente.

Agora você aprendeu a engatinhar !

Já consegue se apoiar de joelhos (papai ia falar ficar de quatro, mas isso não é posição de uma senhorita prendada !). Mamãe te veste com um macacãozinho com plástico no pé, que dá um maior atrito com o chão e lá vai você, toda faceira pela casa, desbravando um universo de quartos, banheiros, cozinha, corredores, sala …

Imagino como tudo deve te parecer tão grande, alto, inalcançável aos seus bracinhos pequeninos. Bem … nem tudo: os fios eléctricos estão ao seu alcance!! E, mais interessante ainda, as tomadas elétricas vêm com dois buraquinhos supermisteriosos, nos quais vc já tenta enfiar os dedinhos para ver o que tem dentro. Papai já comprou protetores de tomada (no formato de carneirinhos !) para evitar os choques. Você, que já é toda elétrica por natureza.

Além de engatinhar pela casa, você ganhou agora um tablado de espumas no seu quartinho ! Multicolorido e macio, ele parece um palco para você performar.

Mamãe me contou que, ao chegar do trabalho hoje, você soltava gritos de felicidade como quem diz: “Mamãe, veja meu rinque de ‘engatinhamento'” :-).

Papai e mamãe não vêem a hora em que você vai, de repente, se levantar e dar os seus primeiros passinhos.

E, então, nosso cotidiano deixará de ser “ficar” com a Julie, para correr atrás dela pela casa 🙂

Te amamos, filha.

Papai e mamãe